Hoje pela manhã foi
realizada Homenagem Cívica, sendo cantado o hino de Santa Catarina
primeiramente e depois os alunos Daniele, do 7º ano 01, Ludmila,
Miriã, Pâmela, Paula e Sênia, do 7º ano 02 e Bruno, do 7º ano
03, apresentaram um teatro sobre um Conto que tem sido trabalhado com
eles nas últimas semanas conjuntamente à professora de Língua
Portuguesa, Gracimara. Confira as fotos do teatro e também o Conto
logo abaixo.
A ONÇA PREGUIÇOSA QUE COMIA
GENTE
Autora: Severiana Rossi Correa
Todos os
terrenos daqui e de outras regiões do estado pertenciam ao governo e
eram vendidos através das companhias colonizadoras. Assim, quem
desejasse requerer certa quantia de terras podia fazer, pois elas
eram realmente baratas. De modo que as companhias colonizadoras
expediam títulos que certificavam a propriedade das terras, assim
como fazem as escrituras de hoje. Assim, ocorreu que certo colono
requisitou uma grande propriedade de terra, cuja mata era ainda
território de caça dos índios.
Dessa área
de caça, uma onça veio se apossar. Era uma onça preguiçosa, não
caçava, mas sempre estava disposta a matar índios, que logo
abandonaram o local. Não tardou e a onça passou a atacar e matar
também o homem branco. Certa feita, o dono das terras resolveu
viajar para fora da propriedade e, no caminho, topou com a onça. A
onça, como um relâmpago, pulou no homem, e o derrubou do cavalo.
Enquanto o cavalo fugia em disparada, o pobre colono, estendido no
chão, passou a se fingir de morto. A onça passou a lambê-lo,
começando pelo rosto e depois indo para o pescoço. No pavor o homem
começou a se tremer todo, fazendo com que as esporas em suas botas
tilintassem, desviando a atenção da onça, que se entreteve a
brincar com o recém-descoberto chocalho. Passados minutos na
brincadeira, a onça sentiu sede e foi tomar água. Percebendo que o
animal havia se retirado, o homem correu e subiu num pé de árvore.
Porém o pé de árvore não era alto e a onça, assim como um
cachorro, varejou e logo o encontrou. Depois de sucessivos saltos
para apanhar o colono, a onça deu azar e ficou presa, dependurada em
uma forquilha da árvore. Esperto, o homem sacou do punhal e feriu o
bicho nos olhos. A onça se debateu até cansar, aí o homem pulou da
árvore e degolou a fera.
Ao
chegar em casa, ele estava esbaforido pela corrida. A mulher
perguntou-lhe: "O que é isso, homem? Há pouco chegou o cavalo,
num nervoso que só, agora chega você nesse estado. Que aconteceu
vivente?" Ao que ele retruca: "Tive uma luta com a onça e
matei a vivaldina. Agora, por favor, ajeita-me um banho e roupas
limpas, pois borrei as botas".
O
gozado nessa história é saber que o mesmo medo que envergonhou
aquele homem foi o que lhe salvou a vida.
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