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28 de novembro de 2013

Teatro dos 7ºs anos – A onça preguiçosa que comia gente

Hoje pela manhã foi realizada Homenagem Cívica, sendo cantado o hino de Santa Catarina primeiramente e depois os alunos Daniele, do 7º ano 01, Ludmila, Miriã, Pâmela, Paula e Sênia, do 7º ano 02 e Bruno, do 7º ano 03, apresentaram um teatro sobre um Conto que tem sido trabalhado com eles nas últimas semanas conjuntamente à professora de Língua Portuguesa, Gracimara. Confira as fotos do teatro e também o Conto logo abaixo.
 
 
A ONÇA PREGUIÇOSA QUE COMIA GENTE
Autora: Severiana Rossi Correa
 
 
     Todos os terrenos daqui e de outras regiões do estado pertenciam ao governo e eram vendidos através das companhias colonizadoras. Assim, quem desejasse requerer certa quantia de terras podia fazer, pois elas eram realmente baratas. De modo que as companhias colonizadoras expediam títulos que certificavam a propriedade das terras, assim como fazem as escrituras de hoje. Assim, ocorreu que certo colono requisitou uma grande propriedade de terra, cuja mata era ainda território de caça dos índios.
     Dessa área de caça, uma onça veio se apossar. Era uma onça preguiçosa, não caçava, mas sempre estava disposta a matar índios, que logo abandonaram o local. Não tardou e a onça passou a atacar e matar também o homem branco. Certa feita, o dono das terras resolveu viajar para fora da propriedade e, no caminho, topou com a onça. A onça, como um relâmpago, pulou no homem, e o derrubou do cavalo. Enquanto o cavalo fugia em disparada, o pobre colono, estendido no chão, passou a se fingir de morto. A onça passou a lambê-lo, começando pelo rosto e depois indo para o pescoço. No pavor o homem começou a se tremer todo, fazendo com que as esporas em suas botas tilintassem, desviando a atenção da onça, que se entreteve a brincar com o recém-descoberto chocalho. Passados minutos na brincadeira, a onça sentiu sede e foi tomar água. Percebendo que o animal havia se retirado, o homem correu e subiu num pé de árvore. Porém o pé de árvore não era alto e a onça, assim como um cachorro, varejou e logo o encontrou. Depois de sucessivos saltos para apanhar o colono, a onça deu azar e ficou presa, dependurada em uma forquilha da árvore. Esperto, o homem sacou do punhal e feriu o bicho nos olhos. A onça se debateu até cansar, aí o homem pulou da árvore e degolou a fera. 
     Ao chegar em casa, ele estava esbaforido pela corrida. A mulher perguntou-lhe: "O que é isso, homem? Há pouco chegou o cavalo, num nervoso que só, agora chega você nesse estado. Que aconteceu vivente?" Ao que ele retruca: "Tive uma luta com a onça e matei a vivaldina. Agora, por favor, ajeita-me um banho e roupas limpas, pois borrei as botas".
     O gozado nessa história é saber que o mesmo medo que envergonhou aquele homem foi o que lhe salvou a vida.
 

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